A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, poderá ser chamada a depor à Justiça em processos que investigam o uso de recursos públicos em viagens internacionais realizadas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo informações de bastidores, setores do Judiciário e do Ministério Público querem mais esclarecimentos sobre os custos e a real necessidade da participação da primeira-dama em agendas oficiais. A suspeita é de que algumas dessas viagens, embora divulgadas como compromissos institucionais, possam ter incluído atividades de caráter pessoal.
Entre os pontos que levantam questionamentos, estão despesas com hospedagem, deslocamentos e equipe de apoio que acompanha Janja em eventos fora do Brasil. Críticos afirmam que os gastos podem ultrapassar os limites previstos em lei, enquanto aliados do governo defendem que sua presença fortalece a imagem do país e o soft power brasileiro no exterior.
Caso seja confirmada a convocação, Janja deverá prestar esclarecimentos sobre os motivos de sua participação em encontros internacionais e como esses compromissos se relacionam com funções de interesse público. A expectativa é que a defesa do governo alegue que a atuação da primeira-dama faz parte da diplomacia social, algo já praticado por esposas e maridos de chefes de Estado em outras nações.
O tema promete gerar novos debates em Brasília, uma vez que a oposição já se mobiliza para ampliar as investigações, enquanto a base aliada tenta blindar o governo de possíveis desgastes políticos.