Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a esquentar o debate político no Brasil ao falar abertamente sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e a polêmica proposta de anistia que circula no Congresso.
Durante encontro em Belo Horizonte, Lula não poupou palavras:
“Se for votar no Congresso, corremos o risco da anistia. Porque o Congresso não é eleito pela periferia, e a extrema-direita tem muita força lá dentro”, afirmou o presidente, em tom de alerta.
A fala repercutiu fortemente e deixou claro que, na visão de Lula, a população precisa se mobilizar para evitar que a proposta avance.
Anistia ou confissão de culpa?
Em outro momento, Lula foi ainda mais direto:
“Se Bolsonaro pede anistia, é porque se reconheceu culpado”, disse o petista, jogando mais gasolina no fogo político.
Para Lula, pedir perdão antecipado seria uma admissão de culpa pelos atos que levaram à investigação de tentativa de golpe de Estado e pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
“Prove a inocência”
O presidente também provocou o rival ao afirmar que Bolsonaro deveria parar de falar em perdão e “provar sua inocência” perante a Justiça.
Segundo Lula, se o ex-presidente nada deve, não há motivo para recorrer a uma manobra política como a anistia.
Lula endurece: cadeia se houver condenação
Lula ainda foi categórico ao dizer que, caso as acusações contra Bolsonaro se confirmem, “deve ser condenado e preso”, mas sempre com o direito à ampla defesa garantido.
Com isso, o presidente deixa clara sua posição: não haverá anistia fácil para crimes contra a democracia.
Mobilização contra o avanço da extrema-direita
O petista aproveitou o discurso para chamar a sociedade à luta:
“Se deixar só para o Congresso, a gente corre o risco. É preciso mobilizar o povo, a periferia, as redes, todos que defendem a democracia.”
A fala de Lula caiu como uma bomba no meio político e escancarou o clima de tensão em Brasília: de um lado, Bolsonaro e aliados pressionando por anistia; do outro, Lula inflamando as bases contra qualquer tentativa de perdão.