A morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, deixou familiares, amigos e colegas de trabalho em profunda tristeza. Quem mais sentiu o impacto da tragédia foi sua esposa, Liliane França, que fez um desabafo emocionado durante o velório.
“Me devolveram o Lau no caixão”, disse ela, em lágrimas, ao lembrar do marido, conhecido por ser trabalhador, carinhoso e muito dedicado à família. Segundo Liliane, todos os dias ele saía para trabalhar dizendo que queria apenas voltar para casa em segurança. Desta vez, infelizmente, não voltou.
Com o coração partido, a viúva pediu justiça e respeito aos garis, destacando as dificuldades e a falta de valorização desses profissionais. “Quando o caminhão para, não é para atrapalhar o trânsito, mas para recolher o lixo. É preciso respeitar o trabalho deles”, reforçou.
A despedida foi marcada por grande comoção, com colegas de profissão prestando homenagens e familiares pedindo mudanças para que crimes assim não se repitam. A filha adolescente do casal também emocionou ao dizer: “Machuca muito saber que não vou ver mais meu pai.”
O caso gerou revolta e acendeu um alerta sobre a violência no trânsito e a necessidade de valorização dos trabalhadores da limpeza urbana. Para Liliane, além da dor da perda, fica a esperança de que a memória de Laudemir inspire justiça e transformação.