Nesta tarde, um movimento inesperado agitou os bastidores políticos de Brasília. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL–MG) surpreendeu aliados e adversários ao apresentar um pedido considerado ousado diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A notícia rapidamente se espalhou, levantando questionamentos: o que, afinal, o parlamentar mineiro teria solicitado ao magistrado que comanda alguns dos processos mais sensíveis do cenário político nacional?
O pedido revelado
Após horas de especulação, veio a confirmação: Nikolas Ferreira protocolou oficialmente um requerimento para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que desde o dia 4 de agosto cumpre prisão domiciliar determinada pelo STF.
No documento enviado a Moraes, Nikolas propôs que a visita fosse realizada nos dias 12 ou 13 de agosto, a partir das 14h, e pediu ainda que fossem esclarecidas todas as condições necessárias para o encontro. O cuidado no texto visava evitar qualquer interpretação equivocada sobre a legalidade da visita.
Bolsonaro e as restrições
Desde que passou a cumprir a medida, Bolsonaro vive sob restrições rigorosas: ele não pode receber visitas que não sejam de familiares diretos ou advogados sem autorização expressa do relator do processo — no caso, o próprio Alexandre de Moraes.
O ex-presidente está sob medida cautelar e prisão preventiva, decisão que busca evitar riscos à investigação em curso. Assim, qualquer contato externo é cuidadosamente controlado.
O pedido de Nikolas, portanto, não é apenas um ato simbólico de apoio, mas também um gesto político que coloca novamente os holofotes sobre a situação jurídica de Bolsonaro — e sobre o clima de tensão entre governo, oposição e Judiciário.