Há um pouco mais de uma década, o Brasil parou para acompanhar a história da pedagoga Maria Verônica Santos, conhecida como a “Grávida de Taubaté”. Ela chamou a atenção de milhões ao compartilhar detalhes de sua suposta gravidez quádrupla, que rapidamente se tornou um fenômeno nas redes sociais e em programas de TV.
O caso mobilizou doações, gerou debates e, por fim, chocou o país ao ser revelado como uma farsa. Maria Verônica ganhou notoriedade ao aparecer com uma barriga extremamente volumosa, afirmando estar grávida de quatro bebês. A história sensibilizou pessoas em todo o Brasil, levando muitos a contribuir com doações generosas, que incluíam enxovais, móveis e até dinheiro.
Maria afirmava não ter condições financeiras para sustentar os filhos, o que comoveu a opinião pública. A raridade da gravidez quádrupla também foi um dos elementos que chamou a atenção. Especialistas afirmavam que a chance de um caso como esse ocorrer naturalmente era de apenas uma em 15 milhões, o que dava ainda mais destaque à história.
No entanto, com o passar do tempo, surgiram inconsistências nos relatos e imagens compartilhadas por Maria, levando à descoberta de que tudo não passava de uma mentira.
A verdade veio à tona quando especialistas e a própria mídia começaram a questionar a autenticidade da gravidez. Um dos pontos que expôs a mentira foi o ultrassom apresentado por Maria Verônica, que pertencia a outra mulher e foi usado para “comprovar” a gestação.
Após a revelação, a “Grávida de Taubaté” foi amplamente criticada e se tornou alvo de processos judiciais. Maria foi obrigada a pagar uma indenização de R$ 4 mil à verdadeira dona do ultrassom, além de enfrentar o peso da exposição pública. Na época, seu advogado afirmou que ela havia sido diagnosticada com pseudologia fantástica, também conhecida como mitomania, um transtorno psicológico caracterizado por um desejo compulsivo de mentir.
Onde está a Grávida de Taubaté hoje?
Após o escândalo, Maria Verônica desapareceu dos holofotes e adotou uma vida discreta ao lado do marido, Kléber. Três anos após o episódio, ambos foram inocentados pela justiça e decidiram reconstruir suas vidas longe da mídia. O casal abriu um pequeno comércio em Taubaté, interior de São Paulo, e evitou qualquer tipo de exposição pública desde então.